Existem vários problemas ortopédicos que podem gerar dores.

Alguns exemplos comuns, e que podem ser tratados aqui no consultório são:

FASCITE PLANTAR

É a inflamação de um tecido que fica na sola do seu pé. O sintoma mais comum é dor no calcanhar e/ou na sola do pé ao acordar pela manhã, quando fica em pé por muito tempo, quando caminha muito ou após um período de repouso e vai iniciar o passo. 

Para tratar e preciso investigar desde a pelve, coluna lombar, quadril e pé, bem como os músculos da parte posterior da coxa e da perna, pois estas regiões influenciam na carga e posicionamento da planta dos pés, podendo resultar em sobrecarga e inflamação da fáscia plantar.

Pode ser utilizado laser de baixa potência, técnicas manuais osteopáticas, exercícios de automobilização para o paciente executar em casa, bem como exercícios de alongamento e fortalecimento, que não são localizados somente na planta do pé e panturrilha.

BURSITES

É a inflamação de pequenas bolsas serosas, que ficam entre músculos, ossos e tendões, e que servem para diminuir atrito. Bastante frequente em ombros e quadril, mas também pode ocorrer nos cotovelos, pés e joelhos.

Quando acomete o QUADRIL a dor se localiza na lateral da pelve e aparece quando você deita sobre este lado, quando fica muito tempo em pé e ao apertar a região. A dor pode irradiar para a coxa e para o glúteo.

Quando acomete o OMBRO a dor costuma ser pior a noite ou quando você faz mais esforços com peso. Ela aparece ao movimentar o ombro, mas pode estar presente como uma dor latente mesmo com o ombro em repouso.

Para tratar a bursite de qualquer articulação primeiramente o Fisioterapeuta/Osteopata precisa examinar e avaliar o paciente, para entender qual é a causa da sobrecarga na bursa daquela articulação específica.

No caso da bursite no quadril há grande influência da coluna lombar e dos pés, sendo necessário examinar e, se preciso for, tratar também estas regiões para que a sobrecarga sobre a bursa do quadril seja sanada.

No caso da bursite do ombro primeiramente é preciso entender que o ombro e um complexo formado por várias articulações (clavícula, escápula, costela, úmero e coluna). 

Por isso é necessário examinar, e se for necessário, tratar qualquer uma destas outras partes para que a sobrecarga seja retirada da bursa do ombro.

Um raciocínio similar deve ser feito se você apresentar bursite no joelho ou no cotovelo.

Para o tratamento iremos empregar laser de baixa potência, técnicas manuais osteopaticas, mobilizações e exercícios para o paciente realizar em casa.

Após a primeira fase do tratamento, será necessário iniciar a fase de fortalecimento para que se evite recidivas. Vale a pena observar que o fortalecimento não é na região que gerava dor. Um exame fisico deve ser realizado para se chegar à conclusão de quais músculos precisam ser reabilitados. Simplesmente fazer atividade física, neste caso, não irá adiantar.

TENDINITES

 A tendinite é uma inflamação ou irritação de um ou mais tendões. Os tendões são estruturas esbranquiçadas que ligam os músculos aos ossos.

Entesite, tenossinovite, peritendinite e tendinite ossificante ou calcificada, são subtipos da tendinite. Os nomes mudam de acordo com a parte acometida do tendão.

Como nós temos tendões em todos os músculos e também temos vários músculos espalhados pelo corpo podem existir tendinites em vários músculos diferentes.

É comum vermos tendinites em ombro, como por exemplo a tendinite do supra espinhoso, tendinite do bíceps, tendinite do peitoral, tendinite do manguito rotador, tendinite do infra espinhoso, tendinite do subescapular.

Existem as tendinites de quadril, como por exemplo tendinite de glúteo médio, tendinite de glúteo máximo ou mínimo e tendinite do piriforme.

Tendinites no joelho também são comuns: a tendinite da pata de ganso, tendinite patelar, tendinite do quadríceps e a síndrome da banda iliotibial são alguns exemplos.

Nas tendinites a dor vai iniciar quando você movimentar a região, pegar um peso ou colocar carga, mas pode evoluir para uma dor que permanece mesmo em repouso. 

O laser de baixa potência pode ser utilizado para amenizar a dor, diminuir a inflamação local e estimular a regeneração dos tecidos.

A terapia manual osteopatica terá como objetivo encontrar, através do exame físico, regiões próximas à tendinite que não estejam trabalhando da forma adequada, e devolver a elas a mobilidade, elasticidade e funcionamento adequado, possibilitando assim retirar a sobrecarga dos tendões acometidos.

A auriculoacupuntura pode ser utilizada com o objetivo de amenizar a dor.

Exercícios de mobilização para o paciente fazer em casa podem ser recomendados, para que haja remodelamento dos tecidos, propiciando adequada recuperação.

Por último, exercícios de fortalecimento, estabilidade e alongamento devem ser realizados por profissional capacitado com o objetivo de evitar recidivas.

ARTROSE

Artrose, ou osteoartrose, é a degeneração das membranas que protegem as articulações. 

Ela é mais frequente em quadril, joelhos, pés e coluna.

A artrose nos quadris e joelhos são problemas que podem resultar em dor, rigidez e incapacidade.

Existe um desgaste das articulações que ocorre como um processo natural do envelhecimento. 

Por isso a artrose na coluna é um achado comum em exames de imagem, e pode não ser a fonte geradora de dor.

A terapia manual osteopática tem como objetivo examinar se o funcionamento das articulações e músculos ao redor da articulação acometida estão funcionando de forma adequada. 

Em caso negativo utiliza-se técnicas manuais para devolver seu funcionamento normal e retirar a sobrecarga da articulação em sofrimento.

Tração e mobilizações da articulação podem trazer alívio da dor e melhor funcionamento da mesma. 

Se houver inflamação local o laser de baixa potência é uma tecnologia interessante para amenizar a dor e a inflamação.

Exercícios de mobilização do método Mckenzie podem ser empregados para tratar a dor, e devolver a maleabilidade adequada às estruturas quem compõem a articulação.

Por último,  exercícios de fortalecimento, estabilidade e alongamento devem ser realizados por profissional capacitado, com o objetivo de devolver o bom funcionamento dos músculos que se ligam a estas articulações, e também para evitar recidivas.